Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde mostrou que 2017 encerra com um quadro mais positivo em relação ao combate ao mosquito Aedes aegypti na capital mineira na comparação com o ano passado. Dados apresentados pela pasta nessa quarta-feira (27) trazem uma redução de 99,4% nos casos de dengue de 2016 em relação a 2017 e de 97,4% nos casos de zika vírus no mesmo período. Já no que se refere à chikungunya, houve um aumento 25%.
O subsecretário de Promoção e Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta, afirmou que o intuito da Prefeitura de Belo Horizonte é manter em 2018 as ações preventivas que já são realizadas em toda a cidade e ampliá-las nas áreas de maior foco. “Na prática, quer dizer que, além da visita do agente de saúde, os belo-horizontinos continuarão recebendo ações como colocação de telas e armadilhas para o mosquito e aplicação de fumacê e de inseticidas, sobretudo em locais com pessoas mais debilitadas, como centros de saúde e hospitais, por exemplo”, disse.
Desafios. Embora haja um empenho em combater o mosquito e os números apresentados mostrem um quadro positivo, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Defesa Civil da capital mineira ainda têm desafios na luta contra o Aedes aegypti.
“Casas vazias continuam sendo um desafio para a Defesa Civil. Casas em bairros mais antigos, muitas vezes, estão fechadas. Daí a gente precisa notificar para conseguir entrar”, disse o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas.
Casos confirmados em 2016 e 2017
Dengue
Em 2016, foram 157.995 casos notificados
A regional com maior incidência foi o Barreiro, com 25.519, seguida da Nordeste, com 21.195
Em 2017, foram 885 casos, o que representou uma redução de 99,4%
A maior incidência foi em Venda Nova, com 144 casos
Zika
Em 2016, a capital teve um total de 732 casos
A regional Norte teve a maior incidência, 159 casos, seguida da Nordeste, com 141 Em 2017, com apenas 19 casos, houve queda de 97,4%
A Noroeste registrou seis casos, e a Leste, cinco
Chikungunya
Em 2016, foram 32 casos
As regionais Nordeste e Venda Nova tiveram a maior ocorrência, com sete casos confirmados cada uma delas
Em 2017, com 40 casos, a Chikungunya cresceu 25%
Com maior incidência, a regional Pampulha, por exemplo, teve um aumento de quatro para nove casos