John D. Rockefeller e Andrew Carnegie, dois dos maiores magnatas da história dos Estados Unidos, tiveram papéis muito distintos quando se fala em medicina, especialmente no contexto do embate entre homeopatia e alopatia no início do século XX. Suas histórias ajudam a entender por que a medicina homeopática foi sendo gradualmente marginalizada em favor da medicina convencional.
Rockefeller, Carnegie e a ascensão da alopatia em detrimento da homeopatia
John D. Rockefeller: um defensor pessoal da homeopatia
John D. Rockefeller, um dos homens mais ricos da história moderna, usou homeopatia durante toda a sua vida e atribuía sua longevidade (morreu com 97 anos) ao uso dessa medicina. Ele se referia à homeopatia como “a medicina do futuro” e tinha médicos homeopatas que o acompanhavam por décadas.
Porém, paradoxalmente, por meio da sua fundação filantrópica (Fundação Rockefeller), ele financiou fortemente a medicina alopática e teve papel central na reforma do ensino médico nos Estados Unidos.
Andrew Carnegie: financiador da reforma que enfraqueceu a homeopatia
Andrew Carnegie, outro gigante da indústria e da filantropia, financiou o chamado Relatório Flexner, publicado em 1910. Esse relatório foi elaborado por Abraham Flexner a pedido da Fundação Carnegie e teve como objetivo padronizar e modernizar o ensino médico nos EUA.
Na prática, o relatório restringiu e descredibilizou escolas de homeopatia, naturopatia e medicina tradicional, enquanto promovia a alopatia como o modelo dominante e “científico” de medicina. Como consequência direta:
- Diversas escolas de homeopatia foram fechadas.
- A formação médica passou a ser moldada com base em laboratórios e medicamentos químicos.
- A influência das indústrias farmacêuticas aumentou de forma avassaladora.
O paradoxo
É curioso (e irônico) que Rockefeller, um usuário fiel da homeopatia, tenha sido responsável, junto com Carnegie, por financiar a substituição da medicina holística por um modelo alopático-industrial que hoje domina o mundo. Muitos estudiosos veem nisso uma estratégia de controle e rentabilidade: ao investir em um modelo de medicina baseado em medicamentos contínuos, as grandes corporações garantiram mercados lucrativos.