Após trapalhada do PT e PSDB, quatro hidrelétricas da CEMIG foram leiloadas por R$12,13 Bi

Central de Jornalismo

MINAS GERAIS – Quatro usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram leiloadas por nesta quarta-feira (27) por R$12,13 Bilhões. O leilão ocorreu na bolsa de valores de São Paulo e foram leiloadas as usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande. Juntas, elas têm capacidade de gerar 2.922 MegaWatts (MW) de energia.

O maior negócio ficou com investidores chineses, que levaram a concessão da usina de São Simão por R$ 7,18 bilhões, um ágio de 6,51% sobre o lance inicial.

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Veja o resultado do leilão de hidrelétricas

Usina Potência instalada (MW) Rio Estado Valor mínimo da outorga (R$) Valor oferecido Ágio
São Simão 1.710 Paranaíba Goiás e Minas Gerais 6.740.946.603,49 7.180.000.000 6,51
Jaguara 424 Grande Minas Gerais e São Paulo 1.911.252.009,47 2.171.000.000 13,59
Miranda 408 Araguari Minas Gerais 1.110.880.200,23 1.360.000.000,00 22,43
Volta Grande 380 Grande Minas Gerais e São Paulo 1.292.477.165,35 1.419.784.000,00 9,85

O governador Fernando Pimentel lamentou em vídeo divulgado nas redes sociais a venda de quatro usinas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pelo governo federal para tapar o rombo do orçamento. Segundo o governador, o estado fez de tudo para permanecer com as usinas, mas não encontrou apoio do governo Michel Temer. Pimentel disse ainda que isso poderia ter sido evitado se os governos que o antecederam tivessem aderido a Medida Provisória 579/12, editada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Essa MP estabelece que as concessões que venceriam entre 2015 e 2017 poderiam ser prorrogadas uma única vez pelo prazo de até 30 anos e que quem aderisse a elas teria reduzir o custo da energia. Na época o governo de Minas, sob comando do hoje senador Antônio Anastasia (PSDB), não aderiu a essa MP, e as usinas foram a leilão assim que as concessões foram vencidas.

A oposição ao governador em Minas afirma que a culpa da venda das usinas é da ex-presidente que editou uma medida eleitoreira para baixar o preço da energia e que os gestores da Cemig à época não aderiram à MP por entender que o contrato garantia a renovação automática das usinas por mais 20 anos.

“Hoje é um dia triste para Minas Gerais. Usinas Hidrelétricas importantes que foram operadas pela Cemig durante esses 30 anos foram leiloadas pelo governo federal e agora passarão para o controle de empresas estrangeiras. Nós tentamos de todas as formas possíveis uma negociação com a União que permitisse que a Cemig continuasse operando essas usinas, mas infelizmente não encontramos espaço dentro do governo federal para atender essa justa demanda dos mineiros. É verdade também que essa situação podia ter sido ajustada pelos governos estaduais que nos antecederam, sem custo para a Cemig, com a adesão a Medida Provisório 579, infelizmente não foi esse o entendimento da época e agora o resultado está consumado com esse leilão”, afirma.

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