UBERLÂNDIA, TRIÂNGULO MINEIRO – A Corregedoria do Ministério Público Estadual e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Belo Horizonte cumprem mandados de busca e apreensão na casa do promotor Fábio Guedes de Paula Machado e no escritório e na casa de uma advogada. Outros quatro locais receberam os corregedores, agentes e polícias. A corregedoria investiga um suposto esquema envolvendo ações que tramitavam na promotoria de Meio Ambiente na qual Fábio Guedes atua. Na casa da advogada foram recolhidos oito sacos com documentos.
O material lotou o porta malas da viatura da Polícia Militar (PM), que participou da operação.
O suposto esquema envolvendo o promotor e o escritório de advocacia ocorria quando havia notificações de irregularidades envolvendo, por exemplo, alvarás de funcionamento. A suspeita é que o escritório fazia as defesas dos notificados, cobrava os honorários e repassava parte ao promotor para protelar a ação, dar mais prazo ou até encerrar o caso.
Na operação, além do apoio da PM, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanham o caso por ter o suposto envolvimento de advogados. De acordo com o presidente da 13ª subseção da OAB em Uberlândia, Egmar Ferraz, é um procedimento de praxe que representantes da Ordem acompanhem investigações envolvendo advogados.
O promotor Fábio Guedes foi detido no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no dia 11 desde mês, quando embarcava para o exterior levando cerca de 30 mil euros (o equivalente a mais de R$ 120 mil) sem declarar. Por lei, qualquer cidadão só pode sair do País com R$ 10 mil sem informar às autoridades. Não há informações se a ação da corregedoria de hoje apura também o crime de evasão de divisas do dia 11.
Correio de Uberlândia