UBERLÂNDIA, TRIÂNGULO MINEIRO – Um médico da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia, foi preso em flagrante no sábado (20) suspeito de violentar sexualmente uma jovem de 18 anos, durante atendimento. Após sair do consultório, a jovem relatou o ocorrido para a mãe, que acionou a polícia por não concordar que os procedimentos sejam norais. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o médico foi afastado até o fim das investigações e que será prestado todo atendimento necessário à vítima.
De acordo com a vítima, após sentir dores de barriga e diarreia, procurou a UAI, onde foi atendida pelo médico. Ainda segundo a vítima, o médico perguntou se ela tinha fissura anal, e a mesma não soube responder. A jovem contou ainda que o médico introduziu o dedo no anus e, posteriormente, na vagina.
Segundo a mãe da vítima, ao tentar entrar no consultório junto com a filha para o atendimento, foi proibida pelo vigilante da UAI, que alegou que a jovem era maior de idade, portanto, não precisava do acompanhamento.
Em relato à PM, o médico de 33 anos, clínico geral, que trabalha há aproximadamente dois anos no local, confirmou que a paciente reclamava de dores de barriga e que questionou sobre os hábitos alimentares dela. Ao perguntar sobre a fissura anal, a paciente não soube responder. Ainda segundo o médico, ele perguntou se poderia examinar. Foi então que calçou as luvas e fez o exame. Após não constatar nada, liberou a paciente.
O médico foi preso em flagrante e levado para Delegacia de Plantão. Após ser ouvido pelo delegado, foi encaminhado para o presídio Professor Jacy de Assis, enquadrado no artigo 213 do Código Penal. A vítima foi conduzida até o setor de Ginecologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).
Posicionamento
O advogado do profissional disse que o procedimento realizado no consultório segue as regras determinadas pela medicina e tudo foi feito com a autorização da paciente, que é maior de idade. Ele acrescentou que já pediu a liberdade do médico. Já o Conselho Regional de Medicina disse não ter recebido nenhuma representação contra o médico.