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STF afasta Aécio Neves do Senado e manda prender a irmã, Andrea Neves

O senador Aécio Neves, do PSDB / Alan Marques – 4.out.2016/Folhapress

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu afastar do cargo o senador mineiro Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e que aparece, segundo reportagem, em gravação pedindo R$ 2 milhões a donos do frigorífico JBS, que negociam delação premiada.

Também foi afastado, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), um dos assessores mais próximos do presidente Michel Temer e que teria sido filmado recebendo uma mala de R$ 500 mil.

Há também um mandado de prisão preventiva contra Andrea Neves, irmã do senador, e contra o procurador da República Ângelo Goulart Vilela, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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A Procuradoria chegou a pedir a prisão de Aécio, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, encaminhou o caso para deliberação do plenário do STF.

Residências de Aécio em Brasília, Rio e Belo Horizonte estão sendo alvo de busca e apreensão na manhã desta quinta (18). Também são alvos da operação o senador Zezé Perrella (PMDB-MG), o deputado Rocha Loures (PMDB-PR) e Altair Alves, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha.

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Policiais federais chegaram às 6h na casa de Aécio em Brasília, que fica no Lago Sul, uma das regiões mais nobres da cidade. O advogado de Aécio, José Eduardo Alckmin, está no local, mas ainda não há confirmação de que o senador esteja lá.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, telefonou para o presidente do senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pouco antes das 6h para informá-lo de que era preciso fazer a operação. Acertaram que a polícia legislativa acompanharia os policiais federais.

A PF está fazendo buscas no Congresso e na casa do coronel João Baptista Lima Filho, ligado a Temer.

DELAÇÃO

Aécio e Rocha Loures foram citados pelo empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, proprietário do frigorífico JBS. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, e confirmada pela Folha de S. Paulo.

Joesley e seu irmão Wesley foram ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin para selar um acordo de delação premiada na última quarta (10).

A delação aponta que Temer destacou o deputado federal para intermediar interesses do grupo empresarial no Cade, órgão de defesa da concorrência. Desde 2011, ele trabalha com o presidente, quando Temer foi eleito vice na chapa de Dilma Rousseff. Rocha Loures, na época, era chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência.

Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Folha de S. Paulo / O Globo

This post was published on 18/05/2017 8:52 AM

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