O Censo Agropecuário está na reta final e inicia, em fevereiro, o quinto e último mês de coleta. Até o dia 31 de janeiro, mais de 4,3 milhões de estabelecimentos já foram visitados em todo o país, o que representa 83,3% do total estimado. A pesquisa estará em campo até 28 de fevereiro.
Em Minas Gerais, o trabalho segue em ritmo acelerado e dentro do esperado, com mais de 540 mil estabelecimentos já recenseados até 31 de janeiro – 97,3% dos contabilizados no Censo Agropecuário 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o coordenador técnico do Censo Agro no Estado, Humberto Silva, o foco agora é terminar a coleta dos setores censitários ainda em andamento e verificar a cobertura daqueles já concluídos, identificando potenciais estabelecimentos que ainda não foram pesquisados, “além da análise mais apurada da qualidade dos questionários”.
Um contingente de mais de 2 mil contratados, entre recenseadores e supervisores, é responsável por realizar a pesquisa em Minas, percorrendo os 556.713 estabelecimentos agropecuários estimados – número que pode variar conforme a realidade encontrada em campo.
Em cerca de 150 municípios mineiros o trabalho de coleta regular já foi encerrado. A subárea de Cataguases, na Zona da Mata, é um desses casos. Ela abrange os municípios de Astolfo Dutra, Cataguases, Dona Eusébia, Itamarati de Minas, Miraí, Santana de Cataguases e São Sebastião da Vargem Alegre; e atualmente realiza a crítica dos questionários, a fim de eliminar possíveis inconsistências.
O Censo Agropecuário levanta informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, a agricultura familiar, entre outros temas. Através desse diagnóstico, é possível realizar o planejamento para atender as demandas tanto da agricultura familiar, como da empresarial, planejar a cadeia do agronegócio – como transporte, escoamento, armazenamento, processamento da produção –, além de subsidiar informações para investimentos dos setores público e privado.
O andamento da coleta do Censo Agro pode ser acompanhado pelo site:
Curiosidades
Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de estabelecimentos agropecuários estimados no país, ficando atrás somente da Bahia.
Apesar de ser predominantemente urbana, a cidade de Belo Horizonte também está inserida no Censo Agropecuário, por conta da horticultura. Fazem parte da pesquisa a produção de hortaliças nas chamadas “fazendas urbanas” em regiões como Barreiro, Leste, Nordeste e na divisa com Sabará e Santa Luzia.
Ainda em Belo Horizonte, as “fazendas urbanas” podem ser encontradas em locais inusitados. Um deles é um shopping center da capital mineira, onde o produtor montou estufas para o cultivo de hortaliças.
O Censo Agropecuário também investiga a produção em comunidades específicas, como quilombolas e indígenas. Em Minas Gerais, há registro de sete aldeias indígenas e 29 territórios indígenas, concentrados nas regiões Norte e Leste do Estado (por exemplo, no município de São João das Missões, segundo dados de terras indígenas regularizadas pela Funai).
O Censo Agropecuário 2017 incluiu a identificação e individualização de novas culturas e produções agropecuárias no questionário (antes contabilizadas na categoria de outros produtos), devido ao crescimento da importância e aumento da produção desses cultivos.
No caso dos produtos relevantes para Minas Gerais, em relação à extração vegetal, foram acrescidos: araticum, baru, cagaita, macaúba e umbu.
Para as lavouras foram inseridos a amora e a azeitona, além da palma forrageira – produto importante na região do semiárido, utilizado como alimentação para o gado.