O 2° Pelotão de Bombeiros Militar de Ituiutaba completou nesta última sexta-feira (31 de outubro), o curso de reciclagem de mergulho autônomo, com a participação de militares de Ituiutaba e Araguari.
O objetivo do curso é melhorar a capacitação. Este ano o treinamento trouxe técnicas e perigos da atividade de mergulho e também apnéia, além disso trouxe novas doutrinas e a apresentação de novos equipamentos avançados.
Vale ressaltar que, na nossa região, existe grande risco nessas atividades, pois pela falta de visibilidade dos rios, a presença de galhadas e outros diversos riscos.
A equipe toda passou pelos treinamentos, que iam de aulas teóricas sobre doenças descompressivas, efeito da pressão sobre o corpo humano e objetos, traumas, toxidade por gases, hipotermia, anatomia, reflutuação de objetos, legislação operacional, segurança e planejamento de mergulho, até as aulas práticas, adequação aos materiais, nado equipado, aperfeiçoamento de apnéia estética e dinâmica, recuperação de equipamento, mergulho livre, navegação por instrumentos, técnicas de buscas, resgate de mergulhador e administração de pane e stress emocional, além de várias outras atividades.
Outra coisa que foi instruída, aos militares, foi sobre as máscaras de mergulho FullFace, que ajudam para conseguirem ter uma respiração de ar comprimido sem precisarem pressionar com a boca a válvula de segundo estágio, o que evita o mergulhador se afogar em caso de desmaio, já que o respirador não irá sair da boca do mergulhador caso isso aconteça. Essas máscaras possuem também sistema de fonia, que permite comunicação verbal entre a equipe no fundo e a equipe de solo, trazendo assim uma maior segurança e eficiência nas operações submersas.
Os militares que concluíram o Estágio de Manutenção de Equipamento de Mergulho no Centro de Instrução de Engenharia (CI Eng), pertencente ao 2º Batalhão Ferroviário de Engenharia na cidade de Araguari, difundiram os conhecimentos adquiridos no curso que teve duração de 2 semanas.
Foi instruído também a eles, que diferente da atividade de mergulho recreativa, o trabalho na nossa região é extremamente adverso, sem as condições ideais vivenciadas por outros profissionais, como por exemplo, correntezas, rebojo, linhas de pescadores, galhos, turbilhões, turbidez, suspensões na água e diversos outros fatores..
Por esse motivo, os militares tem que passar por vários treinamentos exaustivos, como a submersão sem a válvula de 2° estágio do cilindro de mergulho, aliada a situações de pane simuladas.