A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (8) que são remotas as hipóteses de que o motorista do ônibus que se envolveu em acidente no bairro Mangueiras, na região do Barreiro, tenha sofrido mal súbito ou cometido suicídio. Uma das possibilidades é que o veículo, da linha 305 (Estação Diamante/ Mangueiras), tenha perdido o freio. O acidente ocorreu no dia 13 de fevereiro, deixando cinco mortos e 18 feridos.
“A investigação ainda está em andamento, mas não há nada que comprove as hipóteses de mal súbito e suicídio, que estão, a priori, descartadas”, afirmou o delegado chefe da Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos, Roberto Alves Barbosa Júnior. Ele ressaltou que aguada a conclusão de laudo do Instituto Médico Legal para saber se outros fatores influenciaram no acidente. “Há relatos de que o motorista teria gritado que o ônibus estava sem freio, mas os laudos vão comprovar se houve falha mecânica”, disse.
O delegado vai solicitar o aumento do prazo para a conclusão da investigação, que depende do resultado de laudos periciais e dos depoimentos de vítimas que, devido ao estado de saúde, ainda não foram ouvidas – conforme boletim divulgado nesta quinta, seis pessoas seguem internadas no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, sendo três em estado grave. A expectativa é que o inquérito seja finalizado nos próximos 30 dias.
As causas do acidente foram debatidas em audiência pública realizada nesta quinta na Câmara Municipal. A TransOeste, empresa responsável pelo ônibus, informou que só vai se manifestar após a conclusão do inquérito e que está prestando apoio às famílias das vítimas.
De acordo com a assessoria do vereador Carlos Henrique (PMN), nenhum representante da concessionária ou do sindicato que representa as empresas de ônibus participou da audiência.