Vasco x Flamengo, Rio x Osasco, Osasco x Minas. A história da Superliga Feminina revela jogos e rivalidades que parecem sobressair da competição. Seja por times supercampeões, por elencos de alto investimento ou pelos reencontros das torcidas. Mas os times mudam, e em novas realidades, o olhar do torcedor se volta para novos confrontos, considerados únicos na disputa pelo caneco. Tudo isto envolve o aguardado encontro entre o Sesc-RJ e o Dentil-Praia Clube, às 21h desta sexta-feira (1), na Arena Jeunesse, no Rio de Janeiro, com transmissão do SporTV.
Não bastasse as estrelas que explicam tamanha expectativa – Bernardinho, Gabi, Fabi de um lado; Walewska, Fabiana e Fernanda Garay do outro –, o duelo vai fazer cair o último invicto da Superliga Feminina e, em caso de vitória das mineiras, pode fazer cair um tabu indigesto. Em dez anos de existência, o Praia nunca bateu o Rio. E a derrota desta sexta-feira (1) pode custar caro: na sequência, o Praia enfrenta o forte Hinode-Barueri-SP, enquanto o Sesc-RJ faz o maior clássico do vôlei contra o Nestlé.
Se o olhar de torcedores de todo o Brasil estarão voltados para este duelo, com as jogadoras não seria diferente. As duas equipes possuem atletas que já rodaram a competição em diversos clubes e se estudam bastante, na expectativa de, nos detalhes, vencer um duelo tão específico. É o caso da ponteira Amanda, que durante dez anos foi atleta do time carioca. Apesar de conhecer bem as armas da equipe mandante, ela acredita que o Praia está preparado para vencer o Sesc pela primeira vez na história.
“Ah, eu acho que o Paulinho (Coco) também estuda bastante. Já conhece tanto quanto eu as armas do Rio. Se enfrentam todos os anos várias vezes, fazem bons jogos. Ano passado estava no Camponesa-Minas e fez uma grande semifinal com o Sesc. Obviamente, eles são os campeões da Superliga, então querem tirar a nossa invencibilidade assim como queremos tirar a deles”, opinou a ponteira.
Se alguém tem história com Bernardinho é a bicampeã olímpica Fabi. A líbero do Sesc, também prevê um duelo decidido nos detalhes. “Praia é o time que mais investiu, com jogadoras que só o nome já diz a qualidade. Vamos lutar muito. Eu considero o Praia na nossa frente. Estamos sem a Gabi, a dominicana (Peña) tem ajudado. Nosso jogo é mais coletivo, mas elas tem mais peças. Temos que achar um buraco para equilibrar”, afirmou a defensora.