A ideia veio de dois músicos que trabalham para preservar a cultura caipira na região do Triângulo Mineiro. Os ensaios duraram um mês. Era preciso uniformizar o jeito de tocar as canções escolhidas, dois clássicos da música sertaneja: “Chico Mineiro” e “O menino da porteira”.
A Maria Fernanda, de apenas sete anos, começou na viola há apenas algumas semanas e, na véspera da grande apresentação, já está com as duas músicas nas pontas dos dedos e na ponta da língua.
O encontro reuniu violeiros de diversos cantos do Brasil. Lá, cada um é especialista em tirar um som diferente da viola. A habilidade do Madson, por exemplo, é o pagode de viola.
O Pedro segue mais o estilo de Almir Sater. Mas eles estão todos juntos, com um único propósito.
“Preservar a cultura da viola”, conta Madson.
E a organização do evento quer ir além: inscrever a iniciativa no livro dos recordes, que ainda não tem nenhum registro de um encontro de violeiros. Na entrada do ginásio, os participantes fazem o último ensaio.
A organização chegou a pouco mais da metade do número esperado: 520 violeiros. Mas o número aquém não diminuiu o espetáculo, que emocionou tanto os músicos quanto as quatro mil pessoas que assistiram da plateia.