Quase 30% dos consumidores brasileiros se envolveram em transações comerciais utilizando o nome de outra pessoa nos últimos 12 meses, revela pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Os resultados apontam para uma prática solidária, onde emprestar o próprio nome a parentes ou amigos em situações de necessidade se tornou relativamente comum.
Cenário Solidário: O estudo destaca casos como o da aposentada Rita Maria da Silva, que emprestou seu nome para socorrer suas sobrinhas. Esse comportamento solidário é percebido como uma resposta a dificuldades de acesso ao crédito ou a imprevistos financeiros nos quais os solicitantes não possuem uma reserva de emergência.
Perfis Mais Procurados: Os cônjuges e pais foram as pessoas mais procuradas nos últimos 12 meses para emprestar o nome, seguidos pelos irmãos. A pesquisa evidencia a relação de confiança existente entre familiares em situações financeiras desafiadoras.
Motivações e Necessidades: A pesquisa identificou que aqueles que pediram o nome emprestado alegaram a necessidade de quitar dívidas, realizar compras de supermercados, adquirir roupas, medicamentos e atender às demandas dos filhos. Essas motivações refletem dificuldades financeiras e a falta de recursos para lidar com emergências.
Produtos e Serviços Mais Adquiridos: Roupas, supermercado e eletrônicos foram os produtos e serviços mais adquiridos utilizando o nome de outra pessoa. Essa variedade de itens demonstra a abrangência das necessidades financeiras enfrentadas pelos solicitantes.
Formas de Pagamento Preferenciais: O estudo aponta que o cartão de crédito foi a forma de pagamento mais utilizada por aqueles que emprestaram seus nomes, seguido por empréstimos e crediário. Financiamentos e cheques foram menos frequentemente empregados, sugerindo preferências por modalidades de pagamento mais ágeis e acessíveis.
Alerta aos Consumidores: Daniel Sakamoto, Gerente Executivo na Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, destaca a importância de os consumidores que emprestam seus nomes estarem atentos. A prática, embora solidária, pode envolver riscos e demanda cautela por parte dos envolvidos.
